Catfish é um golpe amoroso que se alastra cada vez mais nas redes sociais e aplicativos de namoro, como o Tinder.
Vamos desvendar o significado desse termo, seus propósitos e, mais importante, como resguardar-se desse perigo.
O que é Catfish?
Originalmente do inglês, Catfish significa literalmente “peixe-gato”.
Mas, na internet, é a gíria para aqueles que criam perfis falsos para enganar usuários, causando danos emocionais e financeiros.
O termo ganhou notoriedade em 2010 graças a um documentário onde um homem foi vítima de um perfil falso.
Uma analogia curiosa usada trata dos pescadores que usam peixes-gatos para manter bacalhaus espertos durante a viagem, ilustrando bem a manobra de engano.
Na prática, um Catfish finge ser outra pessoa, usando fotos e informações fictícias, geralmente em sites e apps de encontros. Isso pode afetar uma única vítima ou várias ao mesmo tempo.
Este anonimato aumenta a segurança do golpista, dificultando sua punição, mas não tornando sua identificação impossível.
O laço emocional é a armadilha perfeita: a vítima confia, se torna dependente e, muitas vezes, é levada a enviar dinheiro ou favor.
Em casos extremos, compartilha imagens íntimas, tornando-se alvo de chantagens implacáveis.
Proteger-se desse engodo requer atenção! Verifique sempre a veracidade dos perfis, desconfie de pedidos financeiros e evite compartilhar conteúdo sensível.
O conhecimento é seu melhor aliado contra o Catfish!
Existe um padrão para o Catfish?
Em geral, golpistas buscam pessoas mais suscetíveis a esse tipo de fraude, frequentemente consideradas mais inocentes.
Contudo, é comum que até indivíduos instruídos sejam enganados. A internet aproximou as pessoas de forma sem precedentes, facilitando o início de amizades ou romances online.
Os relacionamentos à distância tornaram-se rotina, muitas vezes culminando em encontros presenciais muito depois de terem começado virtualmente.
A rede é acessível a todas as faixas etárias e classes sociais, ampliando o espectro de potenciais vítimas, e os golpes online ocorrem tão frequentemente quanto, ou mais, do que no mundo real, comumente com fins financeiros.
Voltando às vítimas mais frequentes, geralmente, são pessoas acima de 50 anos, que se sentem solitárias e têm pouco contato social.
É nesse terreno fértil que os golpistas atuam. Isso não significa que jovens estejam imunes, embora sejam alvos menos frequentes.
Os golpistas priorizam aqueles mais facilmente manipuláveis. Às vezes, a própria vítima é casada, o que aumenta o risco de chantagem.
Esse tipo de golpe é aplicado mais em homens, mas a diferença em relação às mulheres não é significativa.
Objetivos do Catfish
Como em qualquer golpe online, o objetivo central é extorquir dinheiro das vítimas.
Os golpistas do Catfish criam um vínculo emocional, se apresentando como “príncipes” ou “princesas”, para gerar dependência emocional.
Após envolver a vítima, o golpista pode continuar interpretando seu papel, sempre encontrando maneiras de obter dinheiro.
Ou, pode infectar dispositivos das vítimas, acessando dados bancários e cartões de crédito.
Além disso, é possível que eles induzam o envio de fotos ou vídeos comprometedores, usados posteriormente para chantagem.
Usando o emocional
O Catfish manipula sentimentos para obter vantagem, levando a vítima a uma relação abusiva, muitas vezes sem perceber.
Externamente, parece fácil identificar, mas quem está envolvido não percebe a realidade.
Por isso, buscam pessoas emocionalmente vulneráveis, que absorvem a história do golpista. Pessoas fragilizadas são alvos fáceis.
Como identificar e se proteger de um Catfish?
Muitas vítimas não estão preparadas para discernir, mas é possível identificar e se proteger.
Aqui estão algumas dicas práticas:
Identificar Esse golpe é comum no Tinder, onde informações são mais restritas, ao contrário de Facebook ou Instagram. Nele, o perfil revela nome, localização e fotos escolhidas.
Uma estratégia é realizar uma busca reversa de imagem no Google para verificar a autenticidade da foto.
Outra opção é solicitar uma videochamada para confirmar a identidade visual, garantindo que a pessoa seja quem afirma ser.
Além disso, desconfie de pessoas que parecem “boas” demais, sem falhas.
O ditado “quando a esmola é demais, o santo desconfia” aplica-se bem aqui.
E claro, se a pessoa solicitar dinheiro, especialmente acompanhado de uma justificativa suspeita, desconfie imediatamente.
Proteja-se
Esteja sempre alerta para histórias contadas por golpistas, buscando qualquer incoerência.
Peça informações de outras redes sociais para confirmar a existência dessa pessoa além do Tinder.
Chamadas de vídeo são valiosas para identificar quem está do outro lado.
No entanto, mantenha a conversa em um contexto seguro, sem nudez ou exposição excessiva.
Além disso, evite abrir arquivos enviados, pois podem conter vírus que deixam seus dispositivos vulneráveis.
Bônus: Detetive particular
Muitas vítimas não estão preparadas para reconhecer um golpista, e por isso, contratar um detetive particular pode ser uma solução eficaz.
Esse profissional realiza uma investigação completa, validando cada detalhe sobre o suspeito e criando um perfil preciso, revelando se a pessoa realmente existe e é quem diz ser.
Essa estratégia permite obter respostas concretas sem confrontar diretamente o suspeito.
Golpistas geralmente não são tão espertos quanto acreditam, e um detetive qualificado pode facilmente encontrar falhas e desmascarar a fraude com evidências.
